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Quinta do Conde, Sesimbra, Setúbal, Portugal
Fundado em 5 de Outubro de 2000

ANTÓNIO FERNANDO PEREIRA

António Fernando Pereira, natural de Moura, distrito de Beja, foi empregado da Siderurgia Nacional como tesoureiro e foi no início da década de 70, quando ainda morava em Paio Pires, que descobriu na Quinta do Conde um lugar onde se sentia o ar puro e a liberdade o que o levou a adquirir 2 lotes de terreno onde montou uma casa pré fabricada tornando-se assim num dos pioneiros da Quinta do Conde. Só após o 25 de Abril conseguiu concluir a casa onde viria a morar até 1996.
No período pós Revolução a população da Quinta do Conde cresceu muito, embora de forma dispersa. Um dos polos de aglomeração da comunidade era a missa que no Conde 1 se realizava numa garagem. Foi aí que António Pereira conheceu o senhor João Gorjão que certo dia lhe bateu à porta muito agitado pedindo que o ajudasse pois tinha tido um sonho e tinha que construir uma igreja na Quinta do Conde. Tentou acalmar o vizinho dizendo que o iria ajudar, embora pensasse que ele iria esquecer o assunto. A verdade é que na semana seguinte o senhor Gorjão voltou a procurá-lo acompanhado por mais 3 ou 4 apoiantes da sua causa. Apesar da vontade ser muita, os recursos eram poucos. Não havia dinheiro para os terrenos, materiais e projectos. Não havia apoios do Patriarcado nem do Estado porque a zona vivia na clandestinidade só restava a imaginação e a força de vontade.
Foi assim que formaram uma comissão para a construção da igreja. Um dos membros, o senhor José Lopes Toledo elaborou uma maquete da qual tiraram fotografias para serem vendidas revertendo as receitas para a obra. Fizeram peditórios noutras igrejas das dioceses de Setúbal e Lisboa, distribuiram caixas para donativos pelos estabelecimentos comerciais do concelho e contactaram algumas empresas da região que contribuiram como podiam. A título de exemplo, compravam 100 tijolos e a empresa oferecia 50. Num gesto de ousadia escreveu uma carta a todos os bispos do país à qual juntou uma fotografia da maquete pedindo uma contribuição, tendo recebido de todos, sem excepção, 20 contos, verba que permitiu terminar os trabalhos entre 1981 e 1982.
Concluída a obra faltava o baptismo. O Bispo de Setúbal, Manuel da Silva Martins havia chamado à sua diocese a "Diocese da Esperança". e achou que a designação se adequava à nova igreja, como forma de homenagear aqueles que acreditaram na sua edificação.
Assim herdou o nome e imagem de Nossa Senhora da Esperança.
Hoje, António Fernando Pereira, vive em Setúbal mas o seu coração ainda vive na Quinta do Conde.

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